Sua empresa captura ou acolhe?

Existem empresas que são escolas. A maioria é só empresa mesmo. Porém, há uma significativa correlação entre longevidade da empresa e sua cultura educacional.

Educação é daquelas palavras com um vasto campo semântico. A definição que mais gosto é: “Educação é sempre abrir o coração e a mente das pessoas”. Quando entro em uma empresa, ao observar sua rotina, a primeira coisa que me chama atenção é se sua rotina é o que o nome sugere (repetição) ou sua rotina é educação?

Os que me acompanham, sabem que abandonei o dilema do “ou” e do “e” há bastante tempo. Nas relações humanas, não existem “ou” ou “e”, existem, sim, combinações infinitas de “e” e “ou”.

Assim, uma rotina ela deve repetir até um certo ponto que continue a deixar a pessoa ter um olhar crítico do que faz, do que repete. Grande parte das inovações advieram das rotinas que se aperfeiçoaram (ou mesmo a destruíram) pelas pessoas e equipes que não só repetiam, mas repetiam e se abriam para o novo, ou seja, jamais deixaram de evoluir, de se educarem.

A empresa que acolhe, educa, pensa a longo prazo.

A empresa que capta, nem chega a treinar, apenas utiliza a pessoa como um recurso, como uma peça num sistema funcional  decadente ou já terminal.

Presido o Conselho de duas empresas, todos os diretores estatutários são sócios, há décadas trabalhamos juntos e nossa missão indelegável é formar os novos diretores, os sócios de amanhã.

Não acredito em educação intensiva (treinamento, sim). Quando nos “formamos” em engenharia, medicina ou em administradores, estamos na verdade “nos abrindo” para essas áreas do conhecimento. A rotina sempre deve nos tornar melhores em todos os sentidos. A empresa que acolhe, reúne, agrupa, torna as pessoas mais interessantes e melhores, desenvolvendo uma visão inspiradora pra si e para a empresa. As que captam pensam apenas no imediato e na coisificação das relações.

Quando pensarem em mudar de empresa, se façam essa pergunta: “estou sendo captado ou acolhido?”

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