Quando eu passo a controlar a rotina

Rotina é repetição ou rotina pode ser inovação? Estocástica, por certo, jamais a controlaremos por completo, mas há indícios importantes que nos revelam se a dominamos ou se estamos por ela dominados.

A ideia de rotina está intrinsecamente ligada a ideia do presente, do quase futuro (agenda da semana e do mês) e também do quase passado (o que aconteceu até a semana passada). Presente, futuro e passado, nessa ordem, ocupam e estão neste momento que acabou de passar.

Quando nossa rotina é determinada pelo passado, por coisas que deixaram de ser feitas, por problemas recorrentes ou por questões que não têm a ver com nossos planos de futuro, tudo isso, é um mau sinal. Não há controle da rotina, pelo contrário, ela nos controla. É quando o passado domina nossa rotina.

Quando a recorrência de problemas deixa de existir, nossa rotina pode ser norteada pelo futuro, pelo novo, pela motivação da perspectiva de evolução.

Nossa rotina precisa estar, sobretudo, ligada a uma perspectiva de futuro. Sem essa perspectiva, nos tornamos máquinas repetidoras de procedimentos. A repetição maquinal desfigura a ideia de tempo. Não há passado, presente nem futuro. Apenas a repetição. Temos que avaliar se nossa rotina tem a ver com isso.

Bem, se a rotina não deve ser baseada na recorrência de problemas mal resolvidos passado, nem na pura repetição maquinal que nos reduz, então nos resta a alternativa de basear nossa rotina principalmente no futuro. Motivação e inovação têm a ver com futuro. Por isso, sempre enfatizo a importância do futuro no tempo em que vivemos.

Quando crianças, aprendemos os tempos de verbo e essa ideia seminal se enraíza pra sempre em nossa forma de ver o mundo. Há o presente do indicativo para representar e descrever o que acontece, há o passado perfeito, imperfeito e mais que perfeito para modular o que já passou e o futuro do presente e, quase nem lembramos, o futuro do pretérito. Todos eles pilares essenciais de nossas vidas e elementos essenciais para entender nossa relação com o tempo e também com a nossa rotina.

De todos esses tempos de verbo, eu escolheria o futuro do presente como o principal para nortear nossa rotina e para construir a nossa vida. Vivemos no quase futuro, no futuro do presente. Não há mais passado (a experiência tem um valor cada vez menor), o presente já foi e a única coisa que temos é o quase futuro. E é nele que vivemos. É nele que podemos encontrar motivação e usar nossa curiosidade para explorar o novo, o que ainda não sabemos.

Assim é que nossa rotina deve ser orientada. Menos passado mais futuro do presente ou quase futuro como prefiro chamar.

Como é sua rotina? Está presa ao passado ou está construindo seu futuro?

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