“Andar sobre a corda é viver; tudo o mais é esperar.”
Karl Wallenda (malabarista), 1968
Talvez a qualidade mais marcante e memorável dos líderes que estudamos tenha sido a maneira pela qual responderam ao fracasso. Como Karl Wallenda, o grande malabarista – cuja vida entrava em jogo cada vez que ele andava sobre a corda – estes líderes colocam todas as energias em suas tarefas. Eles simplesmente não pensam em fracasso, nem usam a palavra, recorrendo a sinônimos tais como “engano”, “escorregão”, “trabalho malfeito” ou inumeráveis outros como “partida falsa”, “confusão”, “mixórdia”, “revés”, “recuo” e “erro. Nunca fracasso. Um deles disse, durante uma entrevista, que
“Um engano é apenas uma outra maneira de fazer as coisas”.
Um outro disse:
“Se possuo uma das formas da arte da liderança, este consiste em cometer tantos enganos rapidamente quanto possa, a fim de aprender”.
Um se lembrou da famosa máxima de Harry Truman:
“Todas as vezes que tomo uma decisão de má qualidade, simplesmente parto para outra depois”.
Pouco depois da queda fatal de Wallenda, em 1978 (andando em uma corda esticada a 25 metros de altura no centro de San Juan, Porto Rico), sua esposa, que também era malabarista, discutiu o fatal espetáculo de San Juan, “talvez o seu espetáculo mais perigoso”. Lembrou-se: “Tudo em que Karl pensava três meses antes desse espetáculo, sem parar, era em cair. Esta foi a primeira vez que ele pensou nisso, e parecia-me que ele punha todas as energias em não cair, ao invés de andar na corda”. A Sra. Wallenda acrescentou que seu marido chegou até a ir inspecionar a instalação da corda, para ter certeza de que os tirantes estavam firmes, “coisa que ele nunca tinha pensado em fazer antes”.
Texto de Warren Bennis e Burt Nanus, 1978.
Liderança e Autoconfiança
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